quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

NINFAS DO TEJO, MEMÓRIAS DE PARIS

Institut Franco-Portugais, Av. Luís Bívar, 91 / 1050-143 Lisboa
7 de Fevereiro a 4 de Março - Exposição
Gravura em Calcografia
Escultura-Metal Policromado

Forma - Cor - Estudo

Secretas memórias

A arte nasce da matéria dos sonhos e seus pesadelos. Os caminhos mais difíceis são sempre os mais satisfatórios, porque põem à prova a inteligência humana, porque parecem ser inatingíveis, exigem mais esforço e dedicação à causa e mais espírito de sacrifício. Mas nunca os caminhos do conhecimento e da sabedoria foram tarefa fácil, nem meta para incautos. Como dizia Albert Einstein "Quando abrimos o cérebro a uma ideia nova, a mente nunca mais volta à primeira forma". Houve até quem pagasse com a própria vida, ou dignidade, como aconteceu a Giordano Bruno por defender o infinito cósmico a uma nova visão do homem, e a Galileu pela ousadia de lutar pela "sua" verdade "Contudo ela move-se". Aquela que apoiada em valores científicos nunca deixa de ser sensível à verdade mística. A verdade que muitos ignoram e outros recusam aceitar. Mas a evolução da humanidade não se compadece de ingenuidades de circunstância histórica. Já morreram demasiados seres humanos, em holocaustos e genocídios de interesses políticos ambíguos, ignorando a tradição espiritual humanista.
Apurando o seu sentido de sobrevivência, a arte, filha da mãe natureza, secreta e superior, está para além das coisas "visiveis". Útero de todos os segredos. Permite fazer de cada momento a medida certa e justa da liberdade de cada instante.
"Ninfas do Tejo - Memórias de Paris" são o relato e o retrato dessa inesquecível viagem, aventura e estudo. Não rejeitam uma profunda componente poética, aspiram e inspiram-se na cosmografia. Sem porto de abrigo, estação banhada a cor de prata, a noite de Lisboa a Paris à beira rio. São a melhor forma de construir o futuro e não esquecer os erros das memórias secretas do passado.
José Coêlho

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