quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Gravuras Ninfas do Tejo





José Coêlho - A Geometria e o Gesto


Jornal de Letras, artes e ideias
Edição n. 976, de 27 de Fevereiro a 11 de Março de 2008


"A memória de José Coêlho não tem sido cultivada entre nós. Ao expor agora no Instituto Franco–Portugais, como muitas outras vezes pelo país inteiro, este operador dos metais revela a sua capacidade nos domínios da escultura e da gravura. Esta exposição sintetiza uma parte significativa do trajecto do artista, evocando Tágides camonianas, como sublinha Margarida Calado, e a memória de Paris, onde as suas apresentações consolidaram a experiência própria e o reconhecimento dos outros.
O trabalho de José Coêlho, entre dificuldades e errâncias, foi contrariado por diversas circunstâncias, mas o seu apelo pela escultura superou tudo. Acabou por se tornar um auto-didacta cujo fôlego técnico se manifesta com pujança, apoiado por uma constante deriva nas rotas do mundo e em constante persistência em ordem ao saber, olhando a cultura do passado e da actualidade, fotografando, desenhando, escrevendo sobre as soluções aplicadas ao material que lhe tem servido na busca das formas plásticas de grande escala.


Assim tem instaurado uma obra alargada ao espaço público e apresentada em diversas galerias. O ferro e outros metais são cuidadosamente apreciados para as funções estéticas que vão desempenhar. A obra é pensada, reflectida, ponderada relativamente aos contextos a que se destina.


O poder telúrico de figuras de certa representação apazigua-se em contrapontos e composições inspirados na esfera armilar, símbolos geométricos de forças conjugadas, presenças
que fazem leves os materiais pesados, “arte dos metais” também à medida do ponto de encontro com outros artistas interessados no prolongamento futuro
dos caprichos traduzidos para a monumentalidade, pela
singular singeleza que capta o rig or de cada achamento poético."
Rocha de Sousa




Local: Parque de Astronomia de Constância

Escultura em aço Corten e aço Inox.

Título: A Grande Máquina do Mundo

"Lusíadas, canto X"

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ninfas do Tejo Memórias de Paris II

Toda esta exposição, o trabalho aqui apresentado. O que está explicito e o que se mantém oculto pronto a descobrir por cada um de nós, segundo o seu ponto de vista. Poderia ser uma homenagem à literatura camoniana. E à obra de Marcel Duchamp. Como um anagrama, um diagrama, visto e descrito de uma forma conceptual. Aluz do espaço público em adstringência restritiva. O estudo da forma. “Guerreiro Cósmico”. “Caixa das memórias”. “Simetria dos sentidos”. “Memórias de Paris”. “Ninfas do Tejo”. ”Ponto de equilíbrio móvel”. “Semi – arco, a liberdade de cada instante”. Títulos de algumas obras expostas denotam uma componente de simetria cósmica. A origem da vida que gira como uma roda sobre si mesma até fechar o ciclo. Um perpétuo movimento que nos devolve à unidade. Movimento circular, porque circular é viver segundo o apelo de Platão sobre a divina forma. Supostamente baseada nas teorias do antigo Egipto. “ As partículas mais ínfimas do universo são formadas por triângulos rectângulos que formam os cinco corpos regulares, as unidades básicas dos cinco elementos considerados a quinta essência. Matéria das ideias simples e complexas no estudo das coisas da escultura dinâmico – espaciais. Movimento em circulo arcos e coroa em espaço cúbico – “cubo Vitrúvio” onde nos movimentamos dia-a-dia eternamente. Como que a dizer-nos que a realização desse movimento é tarefa primordial para a concretização da obra que encerramos. Como um grande vidro, visto de fora, e restantes obras vistas de dentro no seu espaço natural. Alegoria de transparências prismáticas como as faces de um diamante que verticaliza a uma lógica poética de conotações cósmicas, estas obras.
José Coêlho

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

EXPOSIÇÃO "NINFAS DO TEJO - MEMÓRIAS DE PARIS"




Apresentação de Escultura e Gravura de José Coêlho, patente em exposição de 7 de Fevereiro a 4 de Março de 2008, no "Institut Franco-Portugais",Av. Luís Bívar n 91, 1050-143 Lisboa.



Tit. "Memórias de Paris"



"Ó Ninfa a mais fermosa do Oceano,
Já que minha presença não te agrada,
Que te custava ter-me neste engano,
Ou fosse monte, nuvem, sonho ou nada?"

"Os Lusíadas" - Canto V - Est. 57.

Tit. "Ninfas do Tejo I"

Tit. "Argonauta"




Tit. "Simetria dos Sentidos"

Tit. "Ponto de Equilíbrio Móvel"

.


Tit. "Guerreiro Cósmico"


Ver Noticia da exposição, em Agenda, no site http://www.ifp-lisboa.com/

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

NINFAS DO TEJO, MEMÓRIAS DE PARIS

Institut Franco-Portugais, Av. Luís Bívar, 91 / 1050-143 Lisboa
7 de Fevereiro a 4 de Março - Exposição
Gravura em Calcografia
Escultura-Metal Policromado

Forma - Cor - Estudo

Secretas memórias

A arte nasce da matéria dos sonhos e seus pesadelos. Os caminhos mais difíceis são sempre os mais satisfatórios, porque põem à prova a inteligência humana, porque parecem ser inatingíveis, exigem mais esforço e dedicação à causa e mais espírito de sacrifício. Mas nunca os caminhos do conhecimento e da sabedoria foram tarefa fácil, nem meta para incautos. Como dizia Albert Einstein "Quando abrimos o cérebro a uma ideia nova, a mente nunca mais volta à primeira forma". Houve até quem pagasse com a própria vida, ou dignidade, como aconteceu a Giordano Bruno por defender o infinito cósmico a uma nova visão do homem, e a Galileu pela ousadia de lutar pela "sua" verdade "Contudo ela move-se". Aquela que apoiada em valores científicos nunca deixa de ser sensível à verdade mística. A verdade que muitos ignoram e outros recusam aceitar. Mas a evolução da humanidade não se compadece de ingenuidades de circunstância histórica. Já morreram demasiados seres humanos, em holocaustos e genocídios de interesses políticos ambíguos, ignorando a tradição espiritual humanista.
Apurando o seu sentido de sobrevivência, a arte, filha da mãe natureza, secreta e superior, está para além das coisas "visiveis". Útero de todos os segredos. Permite fazer de cada momento a medida certa e justa da liberdade de cada instante.
"Ninfas do Tejo - Memórias de Paris" são o relato e o retrato dessa inesquecível viagem, aventura e estudo. Não rejeitam uma profunda componente poética, aspiram e inspiram-se na cosmografia. Sem porto de abrigo, estação banhada a cor de prata, a noite de Lisboa a Paris à beira rio. São a melhor forma de construir o futuro e não esquecer os erros das memórias secretas do passado.
José Coêlho

PRÉMIOS

- 1. Prémio exaequo na II Semana da Pedra, Serra D'Aire, Alcanena.

- 1. Prémio de Escultura Fórum Santarém.

- Menção Honrosa no Prémio Edinfor/97 no Casino Estoril.


- Prémio Doutor Gustavo Cordeiro Ramos, atribuído pela Academia Nacional de Belas Artes em 2003 - Ministério da Cultura.







O autor já realizou 6 exposições em França e irá realizar em 2009 a sua sétima exposição, de 9 de Outubro a 12 de Novembro, na Galeria Art Present, Rue Quincampois, em Paris.

OBRAS PUBLICADAS

- "O Sonho de Guerreiro"

- "Retrato para uma Ilustração Camoniana"
- "Lusitanidades"

- "7 Sentidos - As minhas mãos são o meu olhar"

OBRAS PERMANENTES EM ESPAÇO PÚBLICO

- Jardim da Amadora – Obra executada no simpósio “ Torre em ferro “

- Praça Principal da vila de Alcanena – Obra executada em Simpósio de Pedra “ Catedral do Sonho “

- Largo da Câmara Municipal da Chamusca – “ 20 Anos do 25 de Abril “

- Monumento Nacional ao operário siderúrgico - Seixal

- Monumento em rotunda - Vialonga

- Monumento de Homenagem a Camões - Jardim Abrantes

- Monumento de Homenagem aos 75 Anos da Freguesia de Riachos, em co–autoria com o Escultor João Duarte.

- Monumento “ A Barca “ evocação ao povo do Arripiado – Chamusca

- Monumento “ Alfaia “ ao povo de Pintainhos – Torres Novas

- Monumento “ A Nau “ Homenagem aos Lusíadas de Luís de Camões - Constância

- Monumento ao 25 de Abril - Bairro 25 de Abril – Cascais

- Monumento Rotunda do Município – Homenagem ao Poder Local – Torres Novas

- Escultura “ A grande máquina do mundo “ – Parque de astronomia de Constância

- Monumento "Arcos e Cavaleiros", à entrada da cidade de Macedo de Cavaleiros

- Monumento em Galveias (Fundação Maria Clementina) - Alentejo

- Escultura de homenagem a Bernardo Santareno, em Santarém (Prémio Bernardo Santareno)

[ EM BRANCO ]

[ PREPOSITADAMENTE DEIXADO EM BRANCO]