segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ninfas do Tejo Memórias de Paris II

Toda esta exposição, o trabalho aqui apresentado. O que está explicito e o que se mantém oculto pronto a descobrir por cada um de nós, segundo o seu ponto de vista. Poderia ser uma homenagem à literatura camoniana. E à obra de Marcel Duchamp. Como um anagrama, um diagrama, visto e descrito de uma forma conceptual. Aluz do espaço público em adstringência restritiva. O estudo da forma. “Guerreiro Cósmico”. “Caixa das memórias”. “Simetria dos sentidos”. “Memórias de Paris”. “Ninfas do Tejo”. ”Ponto de equilíbrio móvel”. “Semi – arco, a liberdade de cada instante”. Títulos de algumas obras expostas denotam uma componente de simetria cósmica. A origem da vida que gira como uma roda sobre si mesma até fechar o ciclo. Um perpétuo movimento que nos devolve à unidade. Movimento circular, porque circular é viver segundo o apelo de Platão sobre a divina forma. Supostamente baseada nas teorias do antigo Egipto. “ As partículas mais ínfimas do universo são formadas por triângulos rectângulos que formam os cinco corpos regulares, as unidades básicas dos cinco elementos considerados a quinta essência. Matéria das ideias simples e complexas no estudo das coisas da escultura dinâmico – espaciais. Movimento em circulo arcos e coroa em espaço cúbico – “cubo Vitrúvio” onde nos movimentamos dia-a-dia eternamente. Como que a dizer-nos que a realização desse movimento é tarefa primordial para a concretização da obra que encerramos. Como um grande vidro, visto de fora, e restantes obras vistas de dentro no seu espaço natural. Alegoria de transparências prismáticas como as faces de um diamante que verticaliza a uma lógica poética de conotações cósmicas, estas obras.
José Coêlho

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